terça-feira, 12 de abril de 2011

Inevitável



Na Primavera floresce o que há de florescer
Se espanta o silêncio do Inverno, o anoitecer
Renasce a vida e se ouve a voz antes calada
Surge a beleza com a nova alvorada.
Se cresce, se cria, se canta, se sente
A inocência é tudo que se tem em mente

No Verão o calor incendeia
A paixão na pele queima
No Verão o calor sufoca
Se estremece quando o Sol nos toca
Se revolve, se pensa, se escolhe
Pouco a pouco a inocência se tolhe

No Outono se sente pesar
O sufocante calor se deixara levar
O céu e os ânimos escurecem
As folhas ao chão amortecem
Podendo-se então cair e se deixar ficar
Espera-se o tempo passar.

E finalmente quando o Inverno chegar
A frieza e o silêncio se hão de instalar
Um novo fim que quando seu fim alcançar
Anunciará o início de nova Primavera
Nada mais e nada menos que o início de uma nova Era.