quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Névoa de prismas



Os olhos se abrem e a claridade ofusca, chega a queimar a retina
É uma cortina branca que reflete luz com tal veemência que inebria.
Mas após um pouco examinar, eis que se acha uma fresta
Através da qual se vê além, além da alienante tranquilidade...
Calamidade! Vê-se por diversos ângulos a mais pura realidade. 
E ao deparar-se com tal visão não há como evitar...
A ofuscante cortina, como névoa, se há de dispersar
E todos os raios refletidos juntos na ilusória branquidão, 
Ao passar pela névoa de prismas, se desmembrarão
Em vermelho laranja amarelo verde lilás azul anil
Cada qual trazendo também uma essência vil.